
A alavancagem financeira pode acontecer tanto no universo pessoal quanto no empresarial e nada mais é do que o uso de recursos de terceiros (empréstimos, financiamentos, cartas de crédito etc.) para que sejam realizados investimentos – em busca de um retorno maior do que o custo de captar o dinheiro.
Empresários usam a estratégia para expandir seus negócios ou executar projetos mais audaciosos. Investidores aderem à alavancagem para aplicar em ações com retorno maior e você também pode considerar a ideia, desde que fazendo um planejamento cuidadoso.
Este artigo explica o processo e apresenta vantagens e riscos para ponderação.
O que é e como funciona a alavancagem financeira?
Fazer uma alavancagem financeira nada mais é do que usar um dinheiro emprestado para investir em alguma coisa, buscando um retorno maior do que o que seria obtido apenas com aplicação de capital próprio.
Quem alavanca finanças, portanto, está agregando o capital de um terceiro (banco, instituição de crédito, corretora de consórcio ou outro) ao seu próprio dinheiro para investir em algo esperando lucrar mais.
Empresas usam a estratégia quando querem acelerar o crescimento sem que o caixa fique comprometido,por exemplo, e calculam os resultados através do chamado “Grau de Alavancagem Financeira” (GAF), que você vai conhecer mais adiante.
Pessoas físicas, por outro lado, consideram a ideia quando precisam conquistar um objetivo de maior valor, ou seja, comprar um imóvel, um carro ou aplicar em ativos financeiros menos conservadores.
Se o retorno da operação for maior do que o custo da dívida, há ganho. Caso contrário, o prejuízo pode comprometer o bolso e a reputação. Daí a importância de planejamento financeiro e muita pesquisa antes de bater o martelo.
Exemplos práticos de diferentes tipos de alavancagem financeira
A movimentação de uma pessoa para adquirir um apartamento na planta e a de uma empresa para investir num novo projeto explicam bem o conceito-tema deste artigo!
Alavancagem financeira empresarial
Aqui estão alguns dados:
- Investimento necessário para o projeto: R$ 500 mil
- Disponibilidade em caixa: R$ 200 mil
- Valor da alavancagem financeira: R$ 300 mil
- Juros: 10% ao ano
- Tempo até o pagamento: 1 ano
- Valor adquirido com o projeto: R$ 600 mil
Se a empresa em questão paga R$ 330 mil pelo empréstimo (R$ 300 mil + 10% de juros no ano) e tira outros R$ 200 do caixa, então, o projeto fictício custa R$ 530 mil. Com os R$ 600 mil adquiridos ao final do projeto, a empresa terá ganhado R$ 70 mil.
A dívida da alavancagem é bastante significativa, mas com os juros relativamente baixos e o planejamento correto do andamento do projeto para uma devolução do valor em apenas um ano, o resultado foi favorável.
Agora, se o projeto deixasse R$ 450 mil em vez dos R$ 600 mil registrados, a estratégia teria sido prejudicial, afinal, nem os R$ 530 mil da soma dos dois investimentos ficariam “cobertos”.
Alavancagem financeira pessoal
Um jovem de 28 anos decide pesquisar a melhor forma de comprar um imóvel para depois vendê-lo: este é outro exemplo de alavancagem financeira.
- Valor do imóvel: R$ 300 mil
- Quantia guardada: R$ 120 mil
- Alavancagem financeira: R$ 180 mil
- Taxa da alavancagem: 20% ao ano
- Total da alavancagem em um ano: R$ 180 mil + R$ 36 mil = R$ 216 mil
- Valor investido na aquisição do imóvel: R$ 216 mil (alavancagem) + R$ 120 mil (guardados) = R$ 336 mil
Esse jovem terá vantagem se o imóvel valorizar no decorrer do período que antecede a venda. Caso o imóvel seja, no ano seguinte à compra, vendido por R$ 380 mil, a alavancagem financeira feita pelo jovem lhe deixará quase R$ 45 mil de lucro.
No entanto, se a propriedade não alcançar pelo menos R$ 36 mil de valorização no ano, a aplicação terá sido prejudicial.
Para ponderar: vantagens e riscos da alavancagem financeira
Quando usada com responsabilidade, a alavancagem financeira pode trazer diversos benefícios para empresas e certos perfis de investidores. Só que, se feita de forma precipitada, ela pode virar uma bola de neve de dívidas.
Vantagens
- Investimentos de maior porte, mesmo sem capital total disponível
- Potencial de lucro mais alto para retornos que superam as dívidas
- Otimização ou preservação do uso de capital próprio
- Aceleração de objetivos financeiros
Riscos
- Alto endividamento e comprometimento da saúde financeira
- Juros elevados que podem levar à inadimplência
- Volatilidade e incerteza nos retornos
- Exposição às oscilações econômicas
Como qualquer estratégia baseada em risco, você já sabe: a alavancagem financeira exige planejamento e análise de viabilidade, principalmente para pessoas físicas, cujas chances de se comprometerem por anos com dívidas são ainda maiores.
Continue acompanhando o blog da DP Consórcios para mais dicas e informações. Até a próxima!
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